Ah! O forró...

Como eu pude passar tanto tempo sem ter dentro de mim essa batida de zabumba, sanfona e triângulo??

Como pode esse som fazer aparecer em minha boca um sorriso instantâneo e verdadeiro??

Esse tal de forró faz arrepiar meu corpo todinho e faz meu coração bater nesse compasso de dois pra cá e dois pra lá... às vezes mais rapidinho, num forró pesado, outras vezes, lento e dengoso num xote pé-de-serra..

Ai ai...

Ontem depois de tanto tempo, decidi que já era hora de suar na vertical também, cheio de gente suando junto.

A democracia se fez presente naquele espaço tão querido, com cara de aconchego, com cheiro de saudade.

Claro, é necessário deixar de lado a arrogância que predomina por estas paragens curitibanas e descobrir, com delicadeza e sutileza, as pessoas dispostas e abertas às delícias do forró, unicamente porque ele existe... Sabendo que ele é o elo que une diferentes seres, que faz o heterogêneo se tornar uma deliciosa mistura recheada de sensualidade, risada, suor, coração, giros, pés machucados, mãos enlaçadas e a certeza de que só quem traz isso dentro do peito, sente que o paraíso é feito de anjos que atendem pelo nome de Luis Gonzaga.